segunda-feira, 30 de abril de 2012

Morris Albert - Feelings



Some characters from a book I read made me write this... another insanity, for you.

The will to remember your face chases me...
It's like a forbidden desire.
I figure it all in my head:
your way of moving, your body, your eyes, your look.
There are so many hidden words in that look!
A look of passion... of illusion...
Who knows?
Almost everything in you is a mistery
What a strange personality!

Do you feel the same tension mixed
with a frightening overwhelming attraction?

There's a wall between us
but at the same time a strong magnetism
that pull us to one another.

Is that you??? I'm really sure of that.
Even if I could, I can't stand to imagine the moment
that I would hear from you (or read) the truth.
It makes me suffer; your silence, your despise...

If only we could talk
one day...
About our feelings, the day things happened...

I know it's dangerous
to be near, to be close to our fears,
our repressed dreams or wills...

I wonder where you are now,
what you are doing,
if you think more of me
than I think of you...

Maybe I'm just stupid
for being,... and thinking,... and feeling like this.

Someday your coldness and distance will kill my feelings
and this will turn nothing more than a memory that will probably fade away... (Abril, 2011)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Demora


A Demora

O amor nos condena:
demoras mesmo quando chegas antes.
Porque não é no tempo que eu te espero.

Espero-te antes de haver vida
e és tu quem faz nascer os dias.

Quando chegas
já não sou senão saudade
e as flores tombam-me dos braços
para dar cor ao chão em que te ergues.   

Perdido o lugar em que te aguardo,
só me resta água no lábio para aplacar a tua sede.

Envelhecida a palavra,
tomo a lua por minha boca e a noite,
já sem voz se vai despindo em ti.

O teu vestido tomba e é uma nuvem.
O teu corpo se deita no meu,
um rio se vai aguando até ser mar.

Mia Couto, in " idades cidades divindades"

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Who'll Stop the Rain



Eis uma melodia apaziaguadora, após um final de dia "elétrico", de um filme tão belo como simples "December Boys".

quarta-feira, 4 de abril de 2012


É meia-noite. Meia-noite em ponto.
Não te vejo, não te sinto, não te ouço...
Onde estás?
Sinto uma qualquer ausência tua.
Sinto-me ínsula, do mar e da lua.

Passaste por mim, naquele dia,
tão alheio a tudo, principalmente a mim...
Primeiro o entusiasmo da dúvida,
depois a alegria da confirmação.

Só pude reagir com um sorriso
rasgado, cheio de tudo o que és para mim,
transbordante em cada gesto, do desejo, que plantaste aqui.
Um regato correndo pelas entranhas da terra seca,
do meu caule, seiva, que alimenta a alma.

N e V
de "Nunca Vás"
de "Never, de "Vain"
de navalha que corta e rasga
de "Nunca", de "Nada"
de Noturno Verão
ou de velho "não".

Tenho de fingir que não existes.
Para poder, embora triste
Libertar-te
Expulsar-te do meu coração...

Ainda assim persistes
na lembrança de tanto do que faço,
de lugares por onde passo,
de melodias que te trazem forte,
de aromas perfumados...

Que má sorte, querer-te,
e em vão, tudo em vão...
continuar a sofrer-te.

(19 Março 2012)

segunda-feira, 2 de abril de 2012


Para sempre
poderá ser uma eternidade
de vazio, de mentira, de saudade
Onde estás?
Algures perdido