terça-feira, 9 de agosto de 2011

Solidão

Acenderam-se os luzeiros no céu
Sussurra a noite a um doído coração
Não há fios que prendam o desencanto
Não há certezas às duvidas de um coração

Nada detém a maré da paixão
És um estuário da minha certeza
No céu há uma estrela para cada um
Na terra uma alma que esconde a beleza

Bruscos sentires os meus
Hoje vacilei na ironia do tempo
Encheste os meus olhos de presentes
Hoje apenas guardo no peito um simples lamento

No silêncio total mora a razão
Ah esta sombra que me invade a alma
A tua vontade obedece ao vento
Neste mar imenso aprisiono a chama...

...Esta lava incandescente
Derramada em meu peito
Faz de mim um pateta diferente
Que nem amar o faz com jeito

Hoje mordi a terra
Senti a frescura deste eterno verde
Senti os aromas dispersos da vida
Este amor orvalhado de feliz pranto...a verdade

Fui ver o mar em chamamento
Depositei o pensamento no alucinante tombo de uma vaga
Através da ressurreição de um sorriso
A oração afugentou uma praga

Descanso na paixão, caminho nela
Quantas estações tem o coração?
Esta pedra angular que piso
Tem tatuada o mapa para a união

Sou um tecelão de sentires
Uma alma inquieta em forma de pedra
Uma folha levado pelo vento
Um insignificante flor que na areia medra

Deste-me sonhos para sonhar
Uni as ondas do mar à tua paixão
Pela terra da minha lembrança
Ergui...O Templo da Solidão...

O Profeta  http://profeciaeterna.blogspot.com