domingo, 29 de janeiro de 2012

Secret - Seal



Teu silêncio dói.
Há pouco estive a contemplar-te; teu olhar profundo e sereno, calmo, quase feliz... teus lábios,... pedindo os meus, ... fortes, calorosos. Como dói esta dor antiga do que nunca foi. Tuas mãos... essas, quanto invejo tudo o que tocam. E os dedos... grossos, sob a tua cabeça.
Teu cabelo, leito do meu desejo... do meu tacto, platónico sentir. Como seria sentir?...? Tuas mãos, lábios, cabelo,... tudo em mim.. Tudo justificando a razão por que vim ao mundo.
Como será estar envolvida por um teu abraço, tendo o ocaso como horizonte? Em mim repousa agora uma solidão contrariada por um cansaço que exige descanso. Como posso ser tão cobarde perante o que sinto? Como te deixo fugir?... Na verdade, não passas de imagens desfocadas na minha memória; e de incertezas dolorosamente sofridas mas, olhar-te, naquela foto, olhares-me naquele olhar que não era para mim...dói,... como a dor de ter vindo ao mundo sem que sejas meu.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Norah Jones, Come away with me

A ti, que não esqueço

Desejava morrer nesse olhar
Meu ser revelar
Minha alma drenar
Meu amor lançar

Num segundo, a essência
Num flash, a eternidade
da única verdade

Teus braços amarras
de fecunda unidade
Teu repouso, ouro
mútua felicidade

Sabes bem na lembrança
Curas-me da rotina
Jato de adrenalina

Desejo, vício, mania
Da saudade não se cansa
E sempre por ti alcança

Masoquismo.
Em vão a esperança
de uma ilusão
tão pouco racional

Fecham-se-me os olhos
Sonhando com teu carinho
Com teu colo, meu sentido
Num beijo, a explosão
de tão louca espera
sufocante de paixão

Mesmo no silêncio da ausência
sinto o calor da tua presença
Fantasio a hora da nossa fusão
mesmo que num olhar apenas
sanando mágoas, tristezas
apagando toda a imperfeição

Ter-te à minha frente
sentir-te, explorar-te...
o Céu, o Paraíso
a felicidade:
Amar-te... eternamente.