domingo, 29 de janeiro de 2012

Secret - Seal



Teu silêncio dói.
Há pouco estive a contemplar-te; teu olhar profundo e sereno, calmo, quase feliz... teus lábios,... pedindo os meus, ... fortes, calorosos. Como dói esta dor antiga do que nunca foi. Tuas mãos... essas, quanto invejo tudo o que tocam. E os dedos... grossos, sob a tua cabeça.
Teu cabelo, leito do meu desejo... do meu tacto, platónico sentir. Como seria sentir?...? Tuas mãos, lábios, cabelo,... tudo em mim.. Tudo justificando a razão por que vim ao mundo.
Como será estar envolvida por um teu abraço, tendo o ocaso como horizonte? Em mim repousa agora uma solidão contrariada por um cansaço que exige descanso. Como posso ser tão cobarde perante o que sinto? Como te deixo fugir?... Na verdade, não passas de imagens desfocadas na minha memória; e de incertezas dolorosamente sofridas mas, olhar-te, naquela foto, olhares-me naquele olhar que não era para mim...dói,... como a dor de ter vindo ao mundo sem que sejas meu.

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