segunda-feira, 30 de março de 2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

Porquê?

Olá, meu amor.
Jorram lágrimas dos meus olhos
Vindos das profundezas do meu inculcado desgosto.

No dia 15
visitei-te.
(faziam 2 anos que te tinha visto pela última vez)

Levei-te duas túlipas.
Uma da cor do fogo queimado (tu)
outra branca, raiada de roxo (eu).

Não sei se soa bem o que vou dizer,
mas achei aquele lugar bonito.
Achar um cemitério bonito e iluminado
um local quase prazeiroso,
é no mínimo estranho.

Fazes-me falta, mesmo sem nunca me teres feito companhia.
faz falta sentir-te vivo,
sentir-te feliz.
Talvez se ainda com ela
já não estivesses tanto comigo.

Sinto-me tão infeliz, por vezes...
sinto as escolhas
finas como agulhas
a cutucarem-me a consciência.

Sinto-me nova
renovada pela ciência
mas vazia na alma
doída no vazio que me deixaste
com a tua partida.

Que lindo estás na tua campa,
retrato de beleza ceifada
azul celeste de infinito
brilhante olhar
perdido.

Amo-te, meu amor.