domingo, 30 de dezembro de 2012

PROMETO


Prometo que não te incomodo mais.
Que esta será mesmo a última vez.
Mas é tão difícil; tem sido tão difícil...
Tantas coisas que me passam pela cabeça
tantas frases incompletas
tantas perguntas que precisavam de uma resposta
que fosse além de um desprezo avassalador.

Quando quero e decido.
Quando finalmente penso que a vida me deixará esquecer.
Esquecer-te...

Apareces assim... do nada.
Exemplar.
Perdidamente perfeito.
Falava da tua camisola, mesmo antes de falar de ti.

E depois... depois veio outra vez aquela sensação
de angústia, de infelicidade
Aqui em casa, mais tarde
outras discussão, atitudes incompreensíveis
Percebi novamente... que tudo é tantas vezes mendigado
o casamento, o carinho, isto ou aquilo
que ele recusa. Será que custa
assim tanto agradar?
E o martelar, na minha cabeça, de um fim que se anuncia.

Mas prometo.
Prometo que irei lutar
para nunca mais te ver,
te lembrar ou te esquecer

Prometo que não mais me darei a ti de forma tão vazia
mas carregada de uma tão complexa intensidade.

Prometo mesmo. Porque estou cansada.
E preciso de tanta coragem para seguir...
Para resistir,
sem romper promessas que me deixam tão aquém daquela felicidade...

Olhei ontem mais uma vez para aquela foto:
Eu, no dia em que te vi, pela primeira vez.

Ao fim de 4 anos esperei
um anel
em vez daquela máquina,
da objetiva que te captou.
Um pedido que nunca chegou...

Fico por aqui.
Se foste tu que um dia me pediste
para seres a minha caixinha de segredos, aquele "amigo" (?)
de quem nada devia esperar
nem mesmo um mais cruel julgamento,
aqui tens os desabafos
de alguns meses.
Quase tudo dedicado e inspirado... a/em ti.

Prometo que não voltarei a incomodar-te.

Neste dia...
não te desejo Bom Natal
apenas a minha Paz.

(24/12/2012 . 8:00 a.m.)