sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Tão cobarde como tu


Hoje era um dos dias que tinha definido para te procurar... O tempo condiz. Assim o imaginei. Nublado, chuva miudinha. Embaciado.
Se o tempo parasse no momento em que temos coragem. Em que aquela determinação comanda a nossa razão...
Aqui estou, questionando como nunca as minhas decisões. A minha real situação.
(Será que o vendaval voltará? Se vier, que me leve!!!...)

Tão cobarde como tu. Sou ainda pior, na verdade.
Apregoando coragem e depois...

Porque não desapareces de mim no silêncio que me devotaste?
Que te engula, que te coma, vivo, sem dó nem piedade!!

Porque é o teu veneno tão forte?

Podia estar lá, a ver-te sair, a ver-te entrar no carro.
Como imaginei.
Enfrentar-te, interpelar-te.
Perguntar-te. Tanto e nada ao mesmo tempo.
Cobarde!

Agora sou eu que estou deprimida.
E tu...
já deixaste que a tua "felicidade" me destruísse e me tirasse de ti.
(Sim, eu sei. EU SINTO. Eu vi-o naquele olhar altivo e distante. Sozinho, sem réstia de empatia. Sempre foste esquisito. Calado. E é isso que me atrofia.!!!)

Eu... sentindo-me prisioneira de um passado carunchoso e sem história, sem verdade... Será?

Talvez nem um passo conseguisse dar para te enfrentar. Talvez nem um ruído imperceptível saísse da minha corda vocal mais ousada...
E, no entanto, sinto-me perdida. Sem sequer a ajuda divina, que até me tem desviado de um sonho que nem sei se quero mais...
Primeiro, o casamento. Agora, .... o filho.

Sempre o tempo que passa e que mata...
a vontade, o entusiasmo, a felicidade...
O que devo fazer por mim? O que devo decidir?
Não me sinto com forças. Não me sinto completa. Não me sinto feliz.
Ao invés, só a dúvida. O desespero do que não foi.

AAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!

Será que me ouves? Nem que seja num ínfimo eco da tua alma cruel?
Mais 4 anos.
Quantos mais, assim?

http://www.youtube.com/watch?v=D4tjhNlmSfg