quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Labirinto de mim


Eis-me aqui... diante de mim
Cara a cara com o desalento
Semente de sustento de um ser que sente
que ser é viver assim
que aceita o sofrer dilacerante da alma
que chama pela vitória de deixar de aprender

Se viver é isto
Se nascer foi pra isto
Por que morremos então?
Sinto... e dói... e sinto
dentro de mim uma guerra feroz
de revoltas vazias...
culpo-me só a mim,
porque nada ou tudo isto
altera a verdade que tenho.

Para quê?
Porque foste amar, oh alma insana?
que te perdes no labirinto de ti...
Para que procuras o que deve encontrar-te
Mãe... Pai...íris... mano amparo...
Eu..., eu ainda não fui ao encontro dela...
A solidão que me espera, para de vez me encontrar.

Eiiiiiiii! Liberdade cruel que nos dominas,
que fazes da dependência e do medo
teus carrascos medonhos!...

Sonhos? Vida? Amor?
Tudo isto é dor...

(1/9/2006)