segunda-feira, 21 de julho de 2025

os pés no chão

Na sexta-feira vi-te. Eu bem não queria ter ido ao cabeleireiro e acredita que me esforço por não passar ali. Era meio dia e meio e estavas a olhar para o telemóvel... 
Depois vieram as memórias dos almoços, as memórias tantas... E só me lembro das boas... Disseste para guardar o bom. Mas que bom, se me humilhante? Que bom, se depois do que parecia tanto e sincero, transformaste em mentira e abandono... Porque demoraste tanto a abandonar me? Não, quiseste prolongar para assim prolongares no tempo o meu sofrimento. Sabes exatamente como manipular em favor dos teus objetivos egoístas. Quem não estiver dentro do que tu queres, do que arquitetas, ui... Sofrerá. E eu estive enredada nessa teia sedutora que tão bem montaste. Mesmo que me divorciasse, mesmo que tudo se tivesse desmoronado para mim, tu não estarias lá. Qual o tamanho desses teus repetidos "amo-te"... ?? Tudo uma mentira e uma ilusão ... Mas eu adoro poemas, adoro palavras bonitas... E foi tao bom viver nessa ilusão... Que ainda assim condicionaste com a constante culpa... Como se o amor escolhesse estados civis. Como se eu tivesse culpa de me sentir infeliz. Muito disso que tens agora é fachada, porque tu não és real. Não sei mesmo se te conheço... 
Tu és amigo de alguém?? "Se precisasses, eu não deixava de te abrir a porta"... Hipócrita!! Abriste-a quando estavas só, fechaste a porta a tanta gente de quem te dizias amigo. Mostraste realmente quem és. Mas no fundo eu já sabia, só não fui capaz de ver... Enredada no teu veneno. 
E depois (na sexta-feira) chorei durante uma hora consecutiva... Não conseguia parar. Sabes porque?? Porque sou pura, sou genuína, sincera e autêntica como tu nunca serás. Porque quem te amou fui eu, acho que ainda amo, apesar de o lamentar. Não sei o que o tempo é a vida farão contigo, mas sei que o teu lado superior imperaria. É triste. Sentir que aquele homem sensível não existe. E a vida encarregar se á de te dar o retorno.
Sei que longe de ti vires cá ler o que escrevo... Tu já nem te deves lembrar que eu existo... Tu até engordaste uns dez KGS depois de me teres abandonado. Estavas feliz, tinha já a tua presa e mulher para exibir, como tanto querias. Se algum dia sentiste algo por mim não foi decerto amor, nem cuidado, nem preocupação nem sequer pena. Porque tudo era um plano em favor do teu egoísmo. 
Sabes que ainda hoje me apetece escrever te. No meu registo emotivo e sincero, de sentimentos puros e verdadeiros, mas nunca os mereceste. A facilidade com que ficaste "feliz" quando me abandonaste diz tudo.
Não creio que estejas feliz. 
Ainda verterei muitas lágrimas de saudade e de mágoa, mas elas farão o meu caminho mais seguro e maduro.